Segundo dia de congresso inicia com memória da Greve de 1983 Segundo dia de congresso inicia com memória da Greve de 1983

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 7 de julho de 2023

Abertura do dia também teve presença de Carlos Calazans, superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais


por Sindipetro/MG

 

 

No segundo dia do congresso dos petroleiros, o Sindipetro/MG realizou uma importante homenagem aos 40 anos da Greve de 1983, um marco histórico na luta dos trabalhadores. A memória deste evento foi marcada pela exibição do documentário produzido pelo Sindipetro Unificado, lançado hoje em seu canal no YouTube.

O momento teve início com o coordenador-geral do Sindipetro/MG, Guilherme Alves, destacando a relevância dessa greve, que ocorreu na Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, e na Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia. “Essa greve foi um marco histórico e representou a primeira paralisação da categoria petroleira que interrompeu a produção em pleno período ditatorial. Trata-se de uma luta emblemática que deixou uma marca profunda na história da categoria. Que esta memória sirva como inspiração para seguirmos em nossa luta” afirmou.

 

Em seguida, o diretor e aposentado da Petrobrás, Leopoldino Martins, na época trabalhador que prestava serviço à Petrobrás, compartilhou sua visão sobre a greve e as histórias vividas. De acordo com o relato, os diretores sindicais do Sindipetro/MG, na época, foram coagidos pelos militares e políticos mineiros, e impedidos de realizar a assembleia que definiria a participação dos petroleiros mineiros naquela greve. “Só a luta muda a nossa vida”, disse Leopoldino ao relembrar a  história contada por  João Mendes, ex-coordenador do Sindipetro-MG, sobre as pressões da Ditadura para impedir o movimento dos Petroleiros Minas, durante a greve de 83.

A memória da Greve de 1983 é um elemento importante para fortalecer e inspirar os petroleiros em sua luta por melhores condições de trabalho, direitos e justiça social. Essa greve representou um desafio corajoso enfrentado pelos trabalhadores, em um contexto de restrições e opressão política. A memória desses momentos históricos alimenta a chama da resistência e inspira a continuidade da luta por melhores condições de trabalho, reforçando a cultura petroleira de unidade, resistência e compromisso com os direitos trabalhistas.

 

Congresso contou com presença do superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego

Após a exibição do documentário produzido pelo Sindipetro Unificado, o congresso contou com a participação especial de Carlos Calazans, superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais. Em seu discurso, Calazans relembrou o passado e destacou a luta dos sindicatos no estado, enfatizando eventos pouco conhecidos, como o apoio financeiro do Sindicato dos Marceneiros e do Sindipetro/MG para o transporte dos trabalhadores de Minas Gerais que fundaram a Central Única dos trabalhadores (CUT). “Essas histórias, que não estão registradas nos livros, mostram o compromisso e a determinação do Sindipetro, motivo pelo qual gostaria de parabenizá-los pela sua trajetória de luta em prol da categoria” , contou.