Total de ocupados chega perto dos 100 milhões. Número de empregados com carteira é o maior desde janeiro de 2015, segundo o IBGE. Mas informalidade segue em alta
A taxa de desemprego, 7,7% no trimestre encerrado em setembro, é a menor desde fevereiro de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há um ano, estava em 8,7%. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta terça-feira (31), o número de desempregados foi estimado em 8,316 milhões – menos 331 mil no trimestre (-3,8%) e 1,144 milhão em um ano (-12,1%). É também a menor quantidade desde maio de 2015.
Já o total de ocupados chegou a 99,838 milhões, recorde da série histórica, iniciada em janeiro de 2012. Segundo a pesquisa, são mais 929 mil ocupados em três meses (crescimento de 0,9%) e 569 mil em 12 meses (0,6%). Com 5% de alta na comparação anual, a massa de rendimentos também bateu recorde, somando R$ 293 bilhões.
Com e sem carteira
Estimado em 37,361 milhões, o número de empregados com carteira assinada no setor privado cresceu 1,6% no trimestre (mais 587 mil) e 3% em um ano (1,1 milhão). É o maior número desde janeiro de 2015. Já os sem carteira somam 13,263 milhões, com estabilidade nas duas comparações. Por sua vez, o total de trabalhadores por conta própria é de 25,480 milhões, também com estabilidade, a exemplo dos trabalhadores no setor doméstico (5,814 milhões).
“A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre”, comenta a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
A taxa de informalidade corresponde a 39,1% dos ocupados, ante 39,2% no trimestre anterior e 39,4% há um ano. O total segue alto: são 39 milhões de trabalhadores informais.
Desalento diminui
Os chamados subutilizados – pessoas que gostariam de trabalhar mais – agora são 20,150 milhões, com estabilidade no trimestre e queda de 14% em um ano. Segundo a Pnad Contínua, esse é o menor contingente desde fevereiro de 2016. A taxa de subutilização, de 17,6%, é a menor desde dezembro de 2015.
O número de desalentados – aqueles que desistiram de procurar trabalho – também caiu (4,6% no trimestre e 17,7% em 12 meses), para 3,504 milhões. Menor quantidade desde setembro de 2016. E é a menor taxa (3,1% da força de trabalho) desde julho de 2016.
Serviços sustentam resultado
Entre os setores, na comparação com setembro de 2022, a ocupação cresceu em várias atividades de serviços, como alojamento e alimentação. Houve queda ou estabilidade na indústria, comércio e agricultura. No trimestre, quase todos ficam estáveis.
Calculado em R$ 2.982, o rendimento real cresceu 1,7% no trimestre e 4,2% em um ano. Já a massa de rendimento teve alta de 2,7% em relação a junho, além dos 5% em 12 meses.
Leia aqui a pesquisa do IBGE