Nesta semana, trabalhadores da VGK Engenharia paralisaram suas atividades por dois dias em frente à porta da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim. O ato foi um protesto contra o atraso no pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e das horas extras durante a Parada de Manutenção. Após a forte mobilização, os trabalhadores conquistaram um acordo, garantindo o cumprimento das suas reivindicações.
Nesta semana, o Sindipetro/MG também recebeu reclamações de trabalhadores da VIX, que denunciam más condições de infraestrutura na Regap. Entre as principais reclamações destaca-se a ausência de local adequado para descanso entre viagens. Sobre esta situação, o coordenador-geral do Sindipetro/MG, Guilherme Alves, destacou que as denúncias contra a VIX são recorrentes, e seguem sem respostas. “Essa não é a primeira vez que os trabalhadores da VIX denunciam irregularidades nas condições de trabalho na Regap, mas até o momento, nem a gerência local, nem o Compartilhado apresentaram solução para os problemas” afirmou.
A insatisfação dos trabalhadores da Regap é generalizada, com o descumprimento de direitos trabalhistas sendo um problema recorrente entre as prestadoras de serviço da refinaria. Apesar das inúmeras denúncias e ofícios realizados pelo Sindipetro/MG, a gerência local tem mantido silêncio, demonstrando tolerância e conivência em relação a essas violações.
Problemas antigos sem solução
Na semana passada, o Sindipetro/MG enviou um ofício à gerência da Regap cobrando solução para outros problemas, incluindo denúncias a meses sem respostas. Na Martins, o sindicato tomou conhecimento de que a empresa tem coagido seus trabalhadores a utilizarem meios próprios de transporte para a realização de exames periódicos.
Já os trabalhadores da RM Engenharia denunciaram ao sindicato que estão tendo seus direitos trabalhistas desrespeitados com recorrentes atrasos de salários e benefícios ao longo dos últimos seis meses. Além disso, há relatos de coação, ameaças e assédio moral promovido pela diretoria da RM, a partir de reuniões individuais com os trabalhadores.
A situação do plano de saúde para os contratados e seus dependentes também é motivo de preocupação. Apesar do compromisso da atual gestão com a realização de aditivos de contratos, os trabalhadores seguem sofrendo com a lentidão e falta de transparência sobre a solução para essa situação.
Sindipetro cobra soluções
Desde o início do ano, o Sindipetro/MG tem relatado denúncias envolvendo o cumprimento de questões trabalhistas e de SMS, especialmente em contratos geridos pelo setor Compartilhado.
“A Regap se tornou um ‘terra sem lei’, onde as prestadoras de serviço descumprem direitos trabalhistas e seguem impunes. A inércia da Regap é uma afronta aos trabalhadores, que nos últimos anos lutaram contra o desmonte da refinaria”, afirma Guilherme Alves.
O Sindipetro/MG cobra da Petrobrás e das empresas prestadoras de serviço medidas urgentes para solucionar os problemas denunciados pelos trabalhadores.