As assembleias realizadas entre os dias 16 e 24 de maio, nas unidades da Petrobrás em Minas, totalizaram 183 votos favoráveis, seis votos contrários e dez abstenções na votação da proposta de construção da mobilização nacional para pressionar avanços nas negociações com a gestão do Sistema Petrobrás em diversas pautas reivindicadas pela categoria. Sobre a deliberação de estado de greve, não houve maioria para a aprovação da proposta em Minas, sendo que 99 dos votantes foram contrários e 92 favoráveis, com 18 abstenções.
Nas demais bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a maioria da categoria referendou os indicativos de criação do Calendário Nacional de Mobilização e estado de greve. A primeira grande mobilização acontecerá na próxima quarta-feira, 29/05, com a realização de um ato nacional em frente ao Edifício Senado (Edisen), no Rio de Janeiro, e paralisações nas bases operacionais e administrativas da Petrobrás e subsidiárias.
A luta da categoria em âmbito nacional tem foco principalmente no fim dos equacionamentos da Petros e dos descontos abusivos da AMS, além de melhorias nas condições de alimentação e habitabilidade das plataformas, afretamentos de embarcações, que seguem prejudicando a reconstrução da indústria naval brasileira. Também estão na pauta a anistia aos trabalhadores demitidos e punidos arbitrariamente nos governos passados e o reposicionamento da Petrobrás no refino e nos setores de fertilizantes, gás e de biocombustíveis.