A Federação Única dos Petroleiros (FUP) enviou uma carta à nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, parabenizando-a pela posse e destacando as lutas que a categoria petroleira vem reivindicando ao longo dos últimos anos. Entre os pontos destacados no documento, a FUP enfatiza a necessidade da empresa ampliar sua função social e promover a valorização dos direitos dos trabalhadores e de sua força de trabalho. Leia a seguir um trecho da carta:
A FUP também solicitou à nova presidenta da Petrobrás o agendamento de uma reunião com as representações sindicais para apresentação e discussão das principais pautas da categoria petroleira que ainda aguardam definição da diretoria da empresa. No documento, a entidade cobra que seja apresentada uma solução dos déficits estruturais do fundo de previdência e do plano de saúde, cuja conta está sendo imposta aos trabalhadores e às suas famílias, é o primeiro ponto da pauta corporativa destacado no documento. Outros temas, como mudanças no Plano de Cargos e Remuneração (PCAC x PCR) e na política de remuneração variável (PLR x PPP), também constam na carta encaminhada à presidenta da Petrobrás, assim como a anistia das punições e demissões políticas de trabalhadores e dirigentes sindicais perseguidos pelos últimos governos, entre diversas outras reivindicações.
O documento da FUP reforça ainda as propostas construídas pela categoria petroleira e que serviram de contribuição para o capítulo de energia do Plano de Governo do presidente Lula e discussões no gabinete de transição. Na carta a Magda Chambriard, a diretoria da federação reitera a urgência da Petrobrás assumir o seu papel de relevância na indústria nacional e o protagonismo na reconstrução do Brasil e na transição energética justa.
“Sabemos que os desafios dessa luta são enormes, pois os interesses do capital financeiro de curto prazo têm contaminado a atuação da Petrobrás. Se nos tempos do governo do PT, a estatal brasileira se consolidou como uma empresa integrada de energia, atuando do poço ao poste, com investimentos crescentes em renováveis, nas gestões Temer e Bolsonaro, a empresa priorizou a remuneração do capital financeiro, se desfazendo de ativos para pagar altos dividendos aos grandes fundos de investimento nacionais e internacionais”, destaca a FUP no documento.
A reunião com a presidenta da Petrobrás foi confirmada para o dia 11 de junho, às 14h30, no Edisen.