O Sindicato tem recebido, semanalmente, denúncias envolvendo empresas contratadas que prestam serviços nas unidades da Petrobrás. Na maioria dos casos, as denúncias estão relacionadas ao não pagamento ou atraso de verbas trabalhistas, como salários e benefícios, assim como descumprimento de acordos coletivos e más condições de trabalho.
Uma das denúncias ocorreu com prestadora de serviços terceirizada da Usina Termelétrica de Juiz de Fora (UTE-JF). Com o final do último contrato de vigilância patrimonial, os trabalhadores foram vítimas de calote quanto ao pagamento devido de verbas rescisórias. Mesmo com a chegada da nova empresa Comando G8, os problemas permanecem e os trabalhadores reclamam de falta de pagamento de horas extras e de adicional noturno.
Já na Usina Termelétrica de Ibirité (UTE-IBT), as denúncias estão relacionadas ao assédio moral e à demissão em massa de trabalhadores da empresa Vectra. Além dos problemas envolvendo questões trabalhistas, os contratados também têm sido vítimas de graves acidentes no último período, como os ocorridos, recentemente, na Regap e na UTE-JF. O trabalhador da Martins que sofreu queimaduras em acidente na tubovia da Refinaria, felizmente, já teve alta.
O Sindicato tem cobrado da fiscalização da Petrobrás maior rigor em relação a essas empresas. O Sindipetro/MG também aguarda retorno da Petrobrás em relação à garantia do plano de saúde para dependentes de terceirizados, após meses de enrolação. “É inadmissível que a maior empresa estatal brasileira seja conivente com esse caos nas empresas contratadas e com tamanho desrespeito contra nossos companheiros contratados. É preciso virar a chave e tratar as pessoas com dignidade”, afirma Guilherme Alves, coordenador-geral do Sindipetro/MG.