A cada dia intensificam-se os sinais de que os alertas do Sindicato sobre Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) precisam ser levados a sério. Desde a última semana de junho, a Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, já registrou mais um acidente e uma ocorrência de alto potencial.
A escalada de ocorrências nas unidades da Petrobrás em Minas mostra que a empresa está assumindo os riscos de que novos episódios aconteçam. E isso pode custar a vida dos trabalhadores.
O mais recente acidente ocorreu no CCF da Regap, durante manobra com uma chave de válvula. Um técnico de operação em serviço sofreu um corte na mão, sendo necessário procedimentos de sutura. Por sorte, o trabalhador não ficou afastado e retomou o trabalho em outra atividade com restrições. Uma Comissão de Investigação do Acidente será aberta e o Sindipetro/MG irá indicar um representante para participar.
O segundo caso aconteceu na UT, sem vítimas. No entanto, foi uma ocorrência gravíssima pelo alto potencial de risco do equipamento. Segundo informações, o incidente envolveu a ruptura de uma válvula agulha do sistema de vapor da U-221, com projeção do eixo da mesma.
Seguidos acidentes, ferindo trabalhadores, e incidentes com alto potencial de risco são provas de que as denúncias do Sindicato exigem um plano de ação urgente e eficaz para interromper essa escalada de acidentes e ocorrências. “O Sindicato tem denunciado, incansavelmente, os problemas que levam à precarização das condições de trabalho e representam riscos de acidentes até mesmo graves. O que ainda precisa acontecer para que mude essa realidade de insegurança?, questiona o coordenador-geral do Sindipetro/MG, Guilherme Alves.
Nos últimos dois meses, o Sindicato tem participado da investigação de graves acidentes, envolvendo trabalhadores contratados na Regap e na Usina Termelétrica de Juiz de Fora (UTE-JF). O primeiro sofreu queimaduras graves em serviços de capina na tubovia. E o segundo feriu-se em acidente com motosserra.