conjuntura política no governo Lula
O 38º Congresso Estadual de Petroleiros de Minas Gerais teve início nesta quinta-feira (11/07), com um importante debate conduzido pelos convidados Pedro Paulo de Abreu Pinheiro, conhecido como Pepê, dirigente do Sintect/MG, e Vanessa Portugal, dirigente licenciada da Coordenação Estadual da CSP Conlutas, que abordaram aspectos da conjuntura política nacional e internacional.
Antes do debate, houve a aprovação do regimento e eleição da mesa diretora e saudações dos dirigentes das Federações de Petroleiros. A programação do Congresso continua hoje e amanhã, na sede do Sindipetro/MG e online pelo link do Google Meet https://sindipetro.org/congresso. Todo o evento contará com um tradutor de libras.
Em sua saudação, o secretário-geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Eduardo Henrique, enfatizou a importância da construção de uma pauta unitária na categoria petroleira e destacou os desafios que envolvem as discussões sobre o teletrabalho na Petrobrás. Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), saudou os participantes, lembrando dos ataques severos sofridos pelos trabalhadores pela direita e destacou algumas conquistas, a partir do governo Lula, como a reabertura da Fafen-PR, mudança no custeio da AMS para 70×30 e o último Acordo Coletivo de Trabalho. Ambos comentaram sobre a necessidade de avançar nas pautas dos trabalhadores em um cenário de mudanças na presidência da Petrobrás, especialmente em relação à retirada de gestores bolsonaristas e à solução para os problemas envolvendo o Plano Petros.
Na Mesa de Debate 1, cujo tema foi “Governo Lula, Eleições e Mudanças na Petrobrás: Cenários políticos para o próximo período”, o sindicalista Pepê citou o massacre que está ocorrendo na Palestina e falou como a conjuntura internacional afeta o cenário econômico e político nacional. Ele ressaltou a importância dos Brics, parceria entre cinco das maiores economias emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “É muito importante ver a categoria petroleira se reunindo para debater todos esses cenários e estabelecer suas formas de lutas, principalmente neste momento em que há um recolhimento do movimento sindical”, elogiou.
“Sem organizarmos a nossa classe, não adiantará esperar um salvador da pátria”, afirmou a convidada Vanessa Portugal. Segundo ela, quando a classe trabalhadora se desilude ela vê a ultradireita como alternativa. “As alternativas para a nossa classe têm que ser construídas por nós mesmos”, disse, argumentando sobre as discrepâncias na luta contra o capitalismo explorador. Os convidados também opinaram sobre o difícil cenário eleitoral deste ano, diante do avanço e mobilização da extrema direita.
Durante o debate, o coordenador-geral do Sindipetro/MG, Guilherme Alves, ressaltou as diferenças das lutas da classe trabalhadora atualmente, em relação às décadas passadas. “Os mesmos métodos do passado não fazem o mesmo efeito. A sociedade mudou e temos o desafio de pensar novas formas de mobilizar a classe trabalhadora”, ponderou.