Petroleiros em greve fizeram um grande ato na portaria da Refinaria Gabriel Passos (Regap) na manhã desta quarta-feira (30). A mobilização contou com o apoio de várias categorias, como professores da rede municipal e estadual e metroviários, trabalhadores dos Correios, metalúrgicos eterceirizados, além de movimentos sociais. Também teve a presença da presidente da CUT Minas, Beatriz Cerqueira, e da deputada estadual Marília Campos (PT).
A greve da categoria teve início às 23h30 de terça-feira (29) em Minas e em todo o País e, a princípio, seria realizada por 72 horas. No entanto, em razão de uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que julgou o movimento ilegal e fixou multa diária de R$ 500 mil na tentativa de impedir o movimento, a greve será reavaliada diariamente pela categoria, juntamente com a direção do Sindipetro/MG e a partir de orientações da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Há a possibilidade, inclusive, de que o movimento se estenda para além do período previsto.
No ato desta quarta-feira, representantes de diversos movimentos e categorias reforçaram o apoio à greve dos petroleiros pela redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha no Brasil. Beatriz Cerqueira, presidente de CUT Minas, inclusive, assegurou aos petroleiros que a multa fixada pelo TST para tentar intimidar a categoria não será problema.
“Não parem a greve se o que for definir a continuidade for a multa. Não é por uma multa que nós vamos interromper uma luta tão estratégica como essa que nós estamos fazendo aqui. Nós não temos medo e não nos acovardaremos diante de um poder judiciário que tem lado, que tem partido e que se posiciona sempre contra os interesses da classe trabalhadora”.
Reivindicações
A greve dos petroleiros é contra a privatização da Petrobrás e contra a política de preços do atual presidente da estatal, Pedro Parente. A pauta também inclui a retomada da produção nas refinarias, que hoje operam com capacidade ociosa, e a saída de Parente da presidência da empresa.
1- baixar os preços do gás de cozinha e dos combustíveis;
2- manutenção dos empregos e a retomada da produção nas refinarias;
3- o fim das importações de derivados de petróleo;
4- não às privatizações e ao desmonte da Petrobrás;
5- demissão de Pedro Parente da presidência da empresa
Audiência pública
Na tarde desta quarta-feira, a categoria petroleira também fará a denúncia sobre os prejuízos provocados pela atual política de preços da Petrobrás na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Requerida pela deputado Rogério Correia(PT), a audiência vai discutir os reflexos para a economia mineira dessa política de preços adotada pela Petrobrás em 2016, na gestão de Pedro Parente. Acompanhe a audiência online: https://goo.gl/7PaAgG
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